segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Grandes diretores: Steven Spielberg

Não dá pra começar esta seção do blog de outra maneira. Acho que muita gente vai se identificar com o que eu vou dizer agora, mas é justo afirmar que gosto de cinema por causa do Sr. Steven Allan Spielberg. Também não é exagero quando digo que Spielberg é provavelmente o único diretor com mais de 20 filmes já lançados de que já vi a maior parte.

E isso começou quando eu era bem novo. Eu devia ter uns 5 anos quando vi Jurassic Park, em vídeo infelizmente, pela primeira vez. Dali para frente acho que pedi para minha mãe alugar o filme pelo menos mensalmente ao longo de anos. Foi meu primeiro maravilhamento com o cinema, algo que jamais vou esquecer. Daí para os outros filmes do mestre Spielberg não foi um salto muito grande. Que criança que viu ET, o Extraterrestre deixou de se encantar com o filme? E quem, já um pouco mais velho, não precisou segurar as lágrimas em AI: Inteligência Artificial? Não consigo, portanto, dar a largada nesta seção sem homenagear aquele que é, provavelmente, o melhor diretor em atividade em Hollywood.

Spielberg começou sua carreira fazendo filmes pequenos de suspense e ficção científica. Essa fase de sua carreira é, sem dúvidas, bem pouco conhecida, o que é uma pena, pois já aí encontramos um excelente filme, Encurralado, de 1971, sobre um vendedor que, enquanto viaja pelas estradas do deserto californiano, passa a ser perseguido por um gigantesco caminhão. Spielberg começou a mostrar sua habilidade como diretor bem cedo nesse filme, aos 25 anos. Porém, foi aos 29 que o sucesso veio com Tubarão, que permanece até hoje um dos maiores thrillers da história. O enredo simples, mas apavorante, de um tubarão que começa a atacar banhistas em uma ilha turística dos Estados Unidos arrepiou pessoas no mundo inteiro e foi o primeiro grande sucesso de crítica de Spielberg, ganhando 4 Oscars e se tornando a maior bilheteria de seu tempo. O filme também viu sua trilha sonora composta por John Williams se tornar um clássico (e quem pode dizer que nunca imitou o tã-dã-tã-dã-tã-dã que atire a primeira pedra).

Dali pra frente, Spielberg ganhou status de super-estrela e emplacou um sucesso atrás do outro. Dois dos filmes mais icônicos da ficção-científica vieram depois: Contatos Imediatos de Terceiro Grau, em 1977, e o já mencionando ET, em 1982. Também na década de 1980 Spielberg realizou uma das melhores trilogias do cinema, centradas no inesquecível Indiana Jones de Harrison Ford, começando por Os Caçadores da Arca Perdida, de 1981. Foi ainda na década de 1980 que Spielberg começou  a dirigir filmes mais "sérios", na opinião de alguns (deixando claro que para mim esse tipo de classificação é ridículo, existem filmes bons e filmes ruins, e é só). Desse período, merecem destaque A Cor Púrpura, de 1985, brilhante drama sobre o preconceito racial e as dificuldades enfrentadas pelos negros na sociedade americana do começo do século XX, e Império do Sol, estrelado por um Christian Bale com então 13 anos.

Se Spielberg já era um dos diretores mais queridos do cinema na década de 1990, foi com A Lista de Schindler, de 1993, que a consagração veio. Considerado o melhor filme a respeito do Holocausto já feito, ele terminou por ganhar os Oscars, os Globos de Ouro e os BAFTAs de Melhor filme e Melhor diretor. Apenas tente ver o discurso final de Schindler, na melhor atuação de Liam Neeson, sem se emocionar. É um daqueles filmes que você precisa parar e respirar quando os créditos sobem, e tem um grande valor sentimental para Spielberg, ele próprio um judeu. Spielberg voltaria a ser premiado com o Oscar e o Globo de Ouro novamente em 1998 por O Resgate do Soldado Ryan, um épico de guerra de primeira, extremamente sangrento mas extremamente bem-realizado.

De lá para cá, o cinema Spielberguiano segue firme, com sua característica de mesclar dramas intensos com blockbusters de primeira qualidade. Em 2011, a expectativa é para seus dois mais recentes filmes, As Aventuras de Tintin, um filme em captura de movimentos sobre o personagem clássico criado por Hergé, e Cavalo de Guerra, onde  Spielberg volta ao gênero que lhe rendeu seus dois Oscars: o drama de guerra. Com as datas de lançamento no Brasil se aproximando, resta a nós, fãs desse grande diretor, conter a ansiedade e torcer por dois filmes com uma qualidade que já conhecemos bem.

2 comentários:

  1. Não sabia desse filme Cavalo de Guerra! Fato que vou estar na estreia!

    Spielberg é rei, é um gênio. Não tem como dizer "eu não gosto de Spielberg". Quem diz, está mentindo!

    Adorei o texto! Quero mais e mais!!!

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  2. Com Spielberg descobri a figura do diretor de cinema. Que bom que foi com ele!

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