
Passado em 1891, o filme mostra a caçada de Holmes (Robert Downey Jr., feito sob medida para o personagem imaginado por Ritchie) ao gênio do crime Prof. Moriarty (Jared Harris). Moriarty é o responsável por uma série de atentados pela Europa, por motivos que vão ficando mais claros ao desenrolar do filme, e Holmes toma para si a missão de tentar impedir os cruéis feitos do vilão. O detetive porém, está sozinho nessa missão - e, por extensão, sentindo-se assim nos outros momentos de sua vida -, já que seu melhor (e único) amigo, o Dr. Watson (Jude Law), está às vésperas de se casar com sua noiva, Mary (Kelly Reilly). Watson, porém, não está tão seguro quanto julgava, já que Moriarty o tem também sob sua mira, devido à sua associação de longa data com Holmes. Enquanto tenta proteger o amigo e desbaratar os esquemas de Moriarty, Holmes acaba cruzando no caminho da cigana Sim (Noomi Rapace, a Lisbeth Salander da versão sueca de Os Homens que Não Amavam as Mulheres), que parece também estar sendo procurada por Moriarty por alguma razão.

Mas, infelizmente, nem tudo são flores. O roteiro do filme, como um todo, não tem a mesma empolgação do seu antecessor, talvez por não apresentar um caso específico, como também por conter alguns momentos muito arrastados, em especial no começo. E apesar desse filme apresentar mais efeitos especiais do que o primeiro, fiquei com a sensação de que os do original eram mais bem-acabados e inovadores. Em alguns momentos há uma sensação nítida de que o trabalho de efeitos especiais foi feito às pressas e não dialoga bem com a montagem do filme, em si. Parece que, no geral, Ritchie foi menos cuidadoso nos detalhes e acabamento aqui, o que interfere um pouco no quadro completo. Isso não atrapalha a missão do longa, que é antes de tudo entreter. Algumas sequências são realmente interessantes e em muitas vezes a tensão do filme é transmitida com sucesso ao espectador - a parte final do filme é definitivamente vibrante. Porém, é difícil afastar a sensação de que poderia ter sido melhor, com um roteiro mais afiado e uma decisões de direção mais acertadas. Mas não se engane, se você gostou do primeiro, há grandes chances de se sentir satisfeito com o segundo, também.
Nota: 3,5 de 5,0.
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